sábado, 6 de novembro de 2010

Art naif

Por Carlos Gama








A arte naif, ou mais conhecida como primitivo moderno, no geral, é a arte produzida por artistas desprovida de conhecimentos acadêmicos na execução de suas obras, isso não implica na qualidade das suas obras no que diz respeito ao critério de valor de superioridade ou inferioridade. O termo art naif significa arte ingênua, uma arte criada a partir do espontâneo, da criatividade única do artista do seu fazer artístico sem nenhuma formação acadêmica e nem orientação. Em outras palavras é um estilo onde o artista expande seu universo criador particular. O artista naif não tem a preocupação em manter as proporções naturais e nem os dados de uma anatomia correta das suas obras que criam ou representam. Mesmo dessa forma, é valido pontuar que intuitivamente o artista consegue criar, se assim preferir, desprovido de regras proporcionais. Oscar D´Ambrosio (2007, p. 19-23) em seu artigo intitulado, Os doze princípios do artista naif, caracteriza esse estilo de arte em doze aspectos:

1- O artista precisa ter preocupação estética, não mágica ou religiosa;
2- Seguir o gosto individual, não o da coletividade;
3- Obedecer a amplitude do seu mundo interior, não apenas a emoção;
4- Ser um artista profissional, não em diletante (exerce uma arte por gosto como amador);
5- Praticar intensamente e seriamente, não se acomodando;
6- Ter um estilo próprio e não um imitador;
7- Ter um espírito visionário, não conformista;
8- Ter traços de arte instintiva, não repetir o que já existe;
9- Ser autodidata, não seguir academia;
10- Busca produções bem elaboradas, não estagnar;
11- Manter o espírito não domesticado, não abrir mão da liberdade de   criação;
12 - Ser fiel ao individualismo, não aos modismos.
(D’AMBROSIO, 2007, p. 19-23)[1]



[1] D’AMBROSIO, Op. cit..

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